terça-feira, março 28, 2006

Intermodalidade e tariário do Metro

A Empresa do Metro do Porto (EMP) , perante as críticas e protestos dos utentes acerca do brutal aumento de 62% responde que agora há intermodalidade.

Só o desconhecimento permite tal afirmação. Com efeito, a CP e a STCP têm intermodalidade [*] e os utentes com passe da CP têm uma redução de cerca de 30% no passe da STCP.


Este é um passe combinado de 2002 da CP (Normal de três zonas)
com a STCP (zona A, toda a cidade do Porto) .


O mesmo passe de Abril de 1987, da linha da Trofa,
de Lousado à Trindade (3 zonas) mais a zona A da STCP.


Hoje, um passe mensal normal combinado CP/STCP [**] de 3 zonas da CP com a zona A da STCP, custa 32,95 + 13,35 = 46,3€

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Hoje um passe mensal normal 'andante' para a mesma área requer um Z7 (Z4 até à circunvalção + 3 zonas dentro da cidade) que custa 55,05€. [***]

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um aumento de 19%
se considerada a intermodalidade,


mas também face a quem se desloque da Trofa ou de Lousado, na linha do Minho, de Cête na linha do Douro e da Trofa na linha de Guimarães para o Porto.

Mas estamos a comparar coisas diferentes. Com efeito, a rede 'A' da STCP oferecia todas as suas linhas, os autocarros inseridos no sistema 'andante' é ínfimo (cerca de 10 linhas) comparada com a totalidade da rede. Acresce que recentemente foram suprimidas linhas de autocarros.


Mas as disparidades não se ficam por aqui. Na ligação a Lisboa para quem vem de Sintra [****], de Alverca na linha de Azambuja, e de Setúbal na linha do Sado, todas viagens de 3 zonas da CP, o passe social --vai-se lá a saber porquê-- não custa 32,95€ mas 32,55€.


Há ainda a situação daqueles(as) utentes que não usam ou não têm oferta de intermodalidade, como sejam os utentes que só se deslocam nos concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim.

É o caso de quem sai na Trindade. Pela CP seriam 3 zonas e um custo de pase mensal de 32,95€.

Pelo Metro, um custo de 48,5€.

Porque hão de pagar um serviço que não têm disponível ou não o solicitaram?

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[*] Passe Combinado STCP/CP
Passe válido na Área da Rede da STCP definida pelo talão de transporte para um número ilimitado de viagens e em percursos ferroviários com um dos términos na região do Porto.
A utilização do passe na STCP é regular quando no cartão coexistirem os talões das duas empresas transportadoras. Este título apenas pode ser adquirido na CP.

[**] Tarifário CP Porto/Braga
[***] Tarifário STCP
[****] Tarifário linha de Sintra



O Metro serve mal a Zona Industrial da Varziela

Na fase de discussão pública do EIA-Estudo de Impacte Ambiental, tentamos influenciar o traçado da linha junto à Zona Industrial da Varziela.

Propusemos três alternativas por forma a que a linha se aproximasse do centro geométrico da ZI (rectângulo a verde).

Este foi o traçado adoptado que segue o traçado da linha férrea da CP

Como se pode ver, a paragem na altura designada Mindelo-norte (agora Espaço-Natureza) está a 1.000m do centro do rectângulo.

O traçado 'A' com a opção a amarelo ou a verde, mantinha o atravessamento da N13 no mesmo local (viaduto inferior), mas aproximava a linha da N13 e permitia a paragem próximo do centro da ZI, parando à frente da Infineon. Na parte final poderia ser mais rectilíneo ou curvilíneo por forma a deixar em aberta a utilização do terreno para a implantação de outras empresas.
Esta opção faria passar exectamente pelo centro da ZI

Esta opção tinha a vantagem de servir bem a freguesia de Fajozes através da passagem agrícola. Embora mais próxina do centro da ZI, tinha também um traçado mais rectilíneo mas mais periférico.

A nossa primeira opção era a 'A', mas todas elas foram rejeitadas.

Tudo isto se passou entre Setembro e Outubro de 2002, e o período de discussão pública é de um mês, pouco tempo para quem analisa estes documentos de forma amadora, isto é, depois do horário de trabalho e retirando tempo à família.

Outra é a posição das Juntas de Freguesia, mormente daquelas cujos Presidentes estão a tempo inteiro. Estes deveriam ter informado e promovido o debate entre as populações. Muitos problemas se evitavam e melhores soluções se encontrariam...

Um exemplo que destacamos na altura, foi a Junta de Freguesia de Moreira da Maia. Na passagem de nível de Pedras Rubras colocou lá um painel a informar que estava em discussão pública o EIA.

Quem quiser conhecer a totalidade do nosso parecer, pode solicitá-lo para:

utentes.metro.povoa@megamail.pt



sexta-feira, março 24, 2006

Reunião com a Comissão Executiva da Empresa do Metro

Quinta-feira, 16 de Março, 18:00h.

A pedido da Empresa do Metro, realizou-se uma reunião com a CULP.

Pela Empresa do Metro do Porto -EMP- estiveram presentes:
  • Oliveira Marques
  • Nuno Ortigão.
Pela CULP:
  • Armando Herculano
  • Eliana Sousa
  • Helena Duarte

A administração do Metro decidiu ouvir a CULP no sentido de saber quais as suas críticas e sugestões. Foi mostrada abertura para discutir todos os asuntos que fossem da competência da EMP.

Foram tratadas as seguintes questões:
  1. Abrigos das Paragens
  2. Composições Expresso
  3. Tram-Train
  4. Zonamento
  5. Tarifário

1. Abrigos das paragens

A CULP afirmou que os abrigos oferecem protecção insuficiente aos utentes que nas paragens esperam o metro. Referimos que a extensão e a profundidade dos abrigos é insuficiente, que não protege da chuva tocada a vento como é costume, nem da insolação. Afirmamos igualmente que as paralelipípedos de granito não são bancos, são gélidos no inverno, e não têm encosto.

Fomos informados que as paragens foram contratadas num concurso de projecto/construção e que também as achavam inadequadas, quer as paragens urbanas quer as ditas rurais, mas que agora a sua melhoria era difícil.

2.Composições Expresso
A CULP sugeriu que fosse aumentada a frequência das composições expresso. Em vez de três viaturas lentas e 1 expresso, sugerimos 2 lentas e 2 expresso, alternadamente.

Sugerimos também que a paragem em Pedras Rubras fosse substituída por paragens em Mindelo e em Vilar do Pinheiro, do seguinte modo:

Uma viatura expresso pararia em Mindelo em substituição de P. Rubras.
A outra pararia em Vilar do Pinheiro, igualmente por substituição da paragem em P. Rubras.

A nossa argumentação é a de que as viaturas expresso são para encurtar a viagem a quem se desloca do início da linha para o fim, e por isso com maior duração de viagem.

O Prof. Oliveira Marques informou-nos que a viatura tinha de parar em P. Rubras por questões técnicas, tal como já nos tinha sido informado pelo Eng.º Mário Almeida. Perguntamos que questões técnicas eram e disseram-nos que era para dar tempo à viatura lenta que seguia à frente chegar à S.ª da Hora. Isto é, tinha como objectivo atrasar o rápido para dar uma distância de segurança.

Ora fizemos ver que também se atrasava a viatura expresso, se esta parasse em Mindelo ou Vilar do Pinheiro.

Então foi-nos dito que assim era, e que se não houvesse oposição da Câmara se estudaria essa solução. A Câmara iria ser consultada para o efeito.


3.Tram-Train
A Comissão executiva informou que o governo estava já a redigir o decreto para a compra e que estaria por dias, por certo na semana que agora finda.

Sabemos agora que o ministro ainda estuda a eventualidade da compra, por declarações do próprio no dia de inauguração (18 de Março).

Uma coisa é certa, não está garantida a sua compra, porque quem estuda é porque não tem certezas, assim temos de continuar vigilantes.

Também abordamos a questão da comodidade dos assentos. Nesta questão foi por nós referido que pretendíamos assentos com apoio lombar.

Foi-nos dito que isso poderia ser introduzido na encomenda dos Tram-Train.


4.Zonamento
A CULP manifestou a esperança de um dia este zonamento e sistema de bilhética ser profundamente alterado por não corresponder às necessidades da mobilidade.

A EMP disse-nos que alteraram o zonamento inicial, com zonas mais amplas, por críticas feitas pelos operadores rodoviários privados, a fim de que o zonamento lhes seja atractivo por forma a implementar uma maior intermodalidade. O estudo foi sempre feito com assessoria da FEUP.

Foi por nós defendíamos a fusão das zonas C1-C2 e C6 (interior da circunvalação) por forma a que toda a cidade do Porto fosse uma só zona. Que isso é fundamental à mobilidade no interior da cidade e que isso corresponde a manter o zonamento da STCP (zona A ou cidade).


Foi por nós referido que todas as deslocações vindas de norte com destino ao Porto centro, têm uma coroa (zonas C2 e C6) em volta da cidade, constituindo uma fronteira que onera com uma taxa a entrada, ao contrário de quem se desloca de sul.

Esta coroa acrescenta uma zona a quem se dirige ao centro e duas a quem se dirige, por exemplo, ao Pólo Universitário II (Asprela), afectando muitos utentes estudantes, mas também utentes dos Hospitais de S. João e suas consultas externas, e utentes do IPO.

Foi ainda referido pela CULP, que é necessário melhorar a interface da linha do Metro no cruzamento com a Estrada Exterior da Circunvalação, e que a paragem de Sete Bicas deveria estar situada por debaixo do viaduto da circunvalação, pois constituiria uma interface natural com os autocarros da STCP.
A melhoria desta interface, o aumento de oferta de autocarros da STCP e a fusão das zonas C2 e C6, permitiria que os utentes que se destinam para a Asprela/Pólo Univ. II usassem esta via, e assim evitavam ter de ir ao centro (Trindade) para voltar para trás, poupando tempo e dinheiro.

A EMP ficou em estudar a melhoria da interface e da oferta de autocarros.


5.
Tarifário
A EMP informou-nos que o tarifário estava aprovado por unanimidade da administração da EMP e publicado em D.R. pelo que a EMP não tinha por si só, competência para alterar tarifários.

Depois de uma detalhada informação dos pontos de vista de ambos os lados, foi-nos proposto que fizessemos um memorando com casos típicos de utentes da linha da Póvoa e respectiva comparação dos tarifários anteriores e posteriores à conclusão da linha à Póvoa, para posterior análise, em nova reunião.


da esquerda para a direita:

Eliana Sousa, Armando Herculano, Helena Duarte, Fernando Saldanha




Mais protestos em Mindelo....


As questões da segurança não podem ser negligenciadas.


As passagens de nível comprometem a segurança de quem atravessa a linha, mas também dos utentes do metro. Uma travagem brusca é sempre uma ameaça à integridade física, mais ainda quando a grande maioria dos utentes são transportados de pé.



Mas parece que nada disso importa para quem planeia o metro.

Fastasmas na NATUREZA.

segunda-feira, março 13, 2006

Os protestos Começaram

Passagem de nível de Mindelo (Vila do Conde)
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O Metro anda em testes e já hoje se verifica a formação de filas até à estrada N13 que fica a 500 m. Mindelo é uma zona balnear, nos fins de semana e principalmente no verão, vai ser o bom e o bonito.


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Se foram avisados para estes problemas com anos de antecedência, porque não foi resolvida no projecto a situação? Boa pergunta a fazer aos autarcas e à Comissão Executiva do Metro.


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A paragem de Mindelo induz muitos utentes na linha uma vez que serve as freguesias mais interiores de Fajozes e Macieira. O mesmo acontece com as paragens de Modivas-Centro, antiga Vila Chã, pois serve as freguesia de Vila Chã, Vilar e de Malta.

O mesmo se pode dizer da freguesia de Modivas-Sul e Vilar do Pinheiro, pois servem Mosteiró e Aveleda.

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O transporte dito rápido não o poderá ser no troço final da S.ª da Hora até à Trindade, pois que a linha dupla com as 13 viaturas em cada sentido, não terá capacidade para possibilitar ultrapassagens.

O pior porém, será se optarem por fazer transbordo na S.ª da Hora.
É previsível que a viatura rápida venha cheia em hora de ponta da Póvoa/Vila do Conde/Pedras Rubras e assim descarregará 400 passageiros na S.ª da Hora, que ficarão a ver passar as viaturas lentas que vêm da Maia, Matosinhos e Póvoa, pois virão igualmente cheias e por isso sem capacidade para receber os utentes da viagem rápida. Esta passará a ser tão ou mais lenta que as lentas.

A acrescer a isso, os abrigos da S.ª da Hora não foram previstos para tão grande afluência. Os utentes não caberão no cais e não terão protecção contra as intempéries, TODOS OS DIAS.

Os utentes da linha da Póvoa verão amputada uma parte importante da linha, a qual deveria ter sido tri ou quadriplicada, para permitir a coexistência das várias linhas (Maia, Matosinhos, Póvoa e aeroporto), e de viaturas com serviço lento e rápido. Quando abrir a linha do aeroporto, a saturação desse troço será agravada.

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Não foi considerado no projecto inicial (já corrigido) o desnivelamento das passagens de nível. Agora está previsto mas não há dinheiro. As populações protestam e com razão pois vêm as suas vidas complicadas por um meio de transporte que se diz... MODERNO.

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Transporte MODERNO que retira as casas de banho das estações da CP, arrasa algumas delas, e retira igualmente os W.C.'s da viatura numa viagem que demora cerca de uma hora. Se isto é MODERNO, nós queremos o antigo.


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É caso para dizer: "Ó TEMPO VOLTA PARA TRÁS".

55 MINUTOS PARA FAZER 30 KM ?

então o objectivo não era construir um transporte que fosse atractivo, rápido e cómodo para aqueles que viajam de automóvel, e com isso retirá-los da estrada, melhorar o ambiente e a qualidade de vida das cidades, designadamente do Porto?

E é isto que nos oferecem após 4 anos de bolandas, por autocarros velhos, por quelhos, esperas e molhas?

Demora mais tempo, tem menos lugares sentados, não tem cortinas nem prateleiras nem W.C., os abrigos não abrigam....

  • quem querem atrair para esta porcaria?
  • e querem mais mais 60% que o preço do comboio?
  • em que gastaram o dinheiro, 50 milhões de contos...?

sexta-feira, março 10, 2006

Um ano depois...

Mas ainda a tempo de arrepiar caminho,

A Dissertação identificada abaixo sobe o título:




vai mais longe e coloca, preto no branco:

"Contudo, pensamos que talvez, a solução mais correcta fosse a melhoria do meio de transporte pesado já existente, com uma estação terminal na área central do Porto, completamentado com um meio de transporte ligeiro. Assim, em vez de se substituir o caminho de ferro, com maior capacidade de transporte (actualmente, quando necessário, as composições são constituídas por três unidades duplas), pelo metro ligeiro (está previsto que a composição seja constituída por um único veículo), permitia-se a coexistência das duas soluções."
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e para finalizar o mais curioso. Sabem de onde retiramos este documento?

precisamento de onde ele seria mais útil, do seguinte endereço:

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.... o sítio da empresa do Metro...

A primeira coisa que a empresa do Metro fez após a primeira reunião em que citamos os seus documentos, deitou o seu sítio abaixo para ocultá-los.

Uma gestão exemplar.

Apoio da Assembleia Municipal de Póvoa de Varzim às reivindicações dos utentes

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Esta Moção foi aprovada ontem, 9 de Março por unanimidade.

Lembramos que também a Assembleia Municipal de Vila do Conde aprovou igualmente por unanimidade, uma Moção cujo texto foi sugerido pela CULP.

As Moções são diferentes. A de Vila do Conde centrada exclusivamente nos aspectos da mobilidade; a da Póvoa referindo também aspectos de requalificação urbana.

Ambas abordam os aspectos mais relevantes por nós reclamados:
  • Tarifário exagerado;
  • Tempo de viagem sem redução de tempo;
  • Comodidade diminuída;
  • Necessidade da compra das viaturas 'TRAM-TRAIN';

quinta-feira, março 09, 2006

Documento histórico

Hoje, passados 5 anos, vale a pena ler este documento que pretendeu ser uma minuta da primeira reunião entre a empresa do Metro e um grupo de utentes preocupado com o projecto da anunciada linha do Metro para substituir a linha suburbana da Póvoa.

Acabou por ser apenas a visão daqueles utentes dessa reunião, por recusa da empresa do Metro em fazer uma acta que servisse para dar conta aos restantes utentes o que lá se passou.

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Não é demais sublinhar o excerto retirado da comunicação do Eng.º Batista da Costa feita na Ordem dos Engenheiros no Porto em Abril de 1996(*):


“O Sistema de Metro Ligeiro na A.M.P. pretende dar resposta principalmente à mobilidade.

Logo aqui se pode constatar a existência de dois tipos de serviço completamente diferente e de difícil compatibilização: por um lado, um serviço urbano nos centros das cidades, em especial do Porto, de Matosinhos e Gaia; e, por outro, um serviço suburbano como consequência da integração das Linhas da Póvoa e da Trofa na rede de Metro Ligeiro.

Aqui surge o primeiro grande desafio aos projectistas; pois um serviço suburbano tem, comparativamente com o serviço urbano, diferentes exigêncioas de espaço, deve atingir maiores velocidades, ter mais lugares sentados e transporta clientes que ocupam o veículo mais tempo por viagem.”


Após todos os avisos feitos quer pelos técnicos do próprio Metro, quer pelos utentes, pese embora a duplicação da linha, e os (dizem-nos) 252 milhões de euros gastos, o serviço de transportes mantém o essencial:

  • viagens sem diminuição de tempo, muito por via do aumento do número de paragens (na altura só mais 10, hoje mais 14) por exigência dos autarcas que fizeram ouvidos moucos daqueles avisos.
  • viagens menos cómodas, com menos lugares sentados, e abrigos minimalistas que não protegem os utentes das intempéries.

Bem 'pregou' o Eng.º Batista da Costa que entretanto abandonou a empresa do Metro por incompatibilidade com o Presidente da Comissão Executiva, Oliveira Marques.

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Há dias o actual Presidente da Administração do Metro, o Major Valentim Loureiro afirmou à agência noticiosa Lusa, de que os utentes tinham razão mas que já vieram tarde.

Compreende-se o desconhecimento do Presidente da Metro, da Liga, da Câmara de Gondomar, dadas as suas múltiplas tarefas e o facto de já entrar tarde no processo após o falecimento do Dr. Vieira de Carvalho
e de outras trapalhadas que tem de esclarecer....

Publicamos este documento amplamente distribuído aos utentes, que duvidamos o Major venha a ler, mas que servirá para aqueles que o ouvem não se deixarem enganar pela sua ignorância que reputamos grave, atendendo ao cargo que ocupa.

(*) documento cujo cabeçalho reproduzimos

quinta-feira, março 02, 2006

FOI UM DESPERDÍCIO, E UM CRIME

O crime foi gastar dinheiro público para entregar o negócio a privados.

Com aumentos de 56% também a CP seria rentável e fazia melhor serviço.

E não foram só os empreiteiros que ganharam, também a Comissão Executiva e os autarcas. Até se deram a si próprios prémios e não foi pouco.

Alguns jornalistas têm sempre que reverenciar alguém, e quando não existe, inventam, neste caso inventaram um presidente para a CULP.

Pode ler entrevista à agência LUSA n 'O Primeiro de Janeiro' (texto abaixo) ou na RTP online

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Comissão de Utentes da Linha da Póvoa criticam Metro Ligação à Póvoa “foi um desperdício”

Um desperdício. É assim que o presidente da Comissão de Utentes da Linha da Póvoa classifica os 252 milhões de euros gastos para levar o metro de superfície até à Póvoa de Varzim. Segundo Armando Herculano, teria sido mais bem empregue na ligação a Gondomar.

O presidente da Comissão de Utentes da Linha da Póvoa (CULP), Armando Herculano, considerou ontem que a substituição do comboio pelo metro na ligação Porto/Póvoa representou um “desperdício” de 252 milhões de euros.


“Tivemos quatro anos de sacrifício, com recurso a transportes rodoviários alternativos enquanto se faziam as obras, e o resultado traduz-se em viagens mais caras e mais demoradas”, disse o dirigente da CULP, que reclama representar três mil utentes diários do transporte público entre Póvoa de Varzim e Porto.

“Foi um desperdício de dinheiro. Se alguém ganhou com isto foram os empreiteiros”, acrescentou.

A empresa Metro do Porto inicia a 18 de Março a exploração de uma linha entre a rede já existente, na Senhora da Hora, e Póvoa de Varzim, com 24 quilómetros e 21 estações, e que custou 252 milhões de euros, incluindo 16 por cento para expropriações e 22 por cento para obras de inserção urbana.

“Nunca pedimos o metro. Bastava-nos que aplicassem um projecto da CP de 1989, que apontava para a duplicação da linha de comboio e que permitia uma efectiva redução do tempo de viagem”, disse Armando Herculano, preconizando que a prioridade devia dirigir-se para a Gondomar, com 40 mil habitantes a deslocarem-se diariamente para o Porto de autocarro.

Um estudo comparativo comboio/metro, elaborado pela própria CULP, indica que os utentes da linha da Póvoa vêem a sua despesa mensal de transportes passar de 29,5 para 46,25 euros (mais 56,8 por cento).

O sistema de bilhetes do metro não contempla passes sociais, pelo que para idosos e estudantes o agravamento dos custos mensais é de 96 por cento (de 14,8 para 46,25 euros). O presidente executivo da Metro do Porto, Oliveira Marques, anunciou entretanto que vai propor um tarifário social que aponta para descontos de 47 por cento para reformados e de 25 por cento para estudantes.

O estudo comparativo da CULP refere também que a viagem Porto/Póvoa pode demorar 71 minutos, mais 18 minutos do que a deslocação em comboio, reduzindo-se assim a velocidade comercial de 37,4 para 28 quilómetros horários.

Na sequência desse estudo, a empresa Metro do Porto decidiu já que a linha Porto/Póvoa terá também composições directas, apenas com paragem em Pedras Rubras e Vila do Conde, reduzindo o tempo de viagem em dez minutos, explicou Armando Herculano. Ainda assim, o metro será mais lento do que o comboio,assinalou.

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Compra

Os Tram-train

Segundo a empresa de Metro, está “em vias de ser adjudicada” a compra de 30 veículos mais rápidos, do tipo “Tram-train”, que atingirão os 100 quilómetros horários, mais 20 quilómetros do que as actuais composições “Eurotram”.

O primeiro concurso para a compra destas 30 carruagens foi anulado pela Metro do Porto, que resolveu lançar novo concurso, ganho pela empresa Bombardier.

O presidente da CULP contrapôs, contudo, que não tem informações sobre a cobertura orçamental para a compra destas carruagens.

Armando Herculano admitiu que estas novas carruagens representariam “alguma melhoria” face às composições “Eurotram”, “ainda assim abaixo do nível de conforto proporcionado pelos comboios”.



O Primeiro de Janeiro 02 de Março de 2006

quarta-feira, março 01, 2006

Qual é a viatura MODERNA ?

Dois galegos felizes



Qual é a viatura que tem apoio de cabeça, apoio de braço, prateleiras para pequenos volumes, cortinas, cabides para o casaco, casas de banho e vagão de gandes encomendas e bicicletas?








Qual a que tem mais lugares sentados?







Qual é a mais cómoda?


Qual a viatura que você escolheria para fazer uma viagem superior a meia hora?


As fotografias do interior da automotora foram retiradas do REPORTERO FERROVIÁRIO o mesmo sítio de onde retiramos o texto "Um Prémio para quem advinhar..."; notem que estão um pouco escuras pois foram tiradas à noite e com flash.

Os utentes do antigo comboio a carvão apelidavam os assentos de 'sumopau', uma referência ao facto de serem de madeira sem estofos.

Os assentos 'modernos' são tão duros quanto aqueles e dada o material usado, assenta-lhes bem a designação, também moderna, de 'sumoplástico'.

O interior de uma viatura suburbana carece de maior comodidade dada a maior permanência dos passageiros no interior da viatura.

Prateleiras, cortinas, luz individual, e cadeiras almofadadas, são características que são disponibilizados por outros meios de transporte, nomeadamente os rodoviários com igual tempo de viagem.