quarta-feira, maio 31, 2006

MUT-AMP

'clicar' na imagem para aumentar


O MUT-AMP, Movimento de Utentes dos Transportes da Área Metroplotina do Porto vai realizar uma sessão pública de debate da situação dos transportes.

A CULP foi convidada a fazer uma intervenção.

Saudamos a disponibilidade da Sociedade de Transportes Colectivos do Porto para debaterem as questões da Mobilidade com os seus utentes.

Num momento em que todos os poderes públicos e instituições mundiais, como a ONU fazerem apelos e iniciativas para implementarem processos participativos, existem empresas públicas que parecem andar em sentido contrário. É o caso da Empresa do Metro, que lamentavelmente, não conseguiu que nenhum dos seus dirigentes e técnicos tivessem disponibilidade para estar presente.

Esperamos que seja um momento para os presentes, utentes e emprersas, poderem informar e informar-se, quer das necessidades dos utentes e suas sugestões, quer das linhas de orientação das empresas e suas propostas par aumentar a satisfação dos seus utentes, e através desse diálogo, encontrar soluções expeditas do agrado de todos que aumente o uso do transporte público, melhorando a vida das nossas cidades, reduzindo os níveis de poluição e a dependência energética face ao exterior.

E não se julgue que seria um milagre, pois essa experiência foi feita na cidade de Curitiba no Brasil, e com resultados excepcionais, pois é considerado um modelo de diálogo entre operadores e utentes, sendo um dos melhores serviços de transportes públicos do mundo.


Mais uma discriminação da METRO



Saiu o tarifário social do Metro, mas ao contrário da CP, onde os reformados e pensionistas têm desconto em todos os títulos, incluindo os bilhetes simples, na Metro apenas têm desconto nos passes mensais.


Ora como estão excluídos do tarifário social aqueles e aquelas cujos rendimentos são superiores ao salário mínimo, aqueles que têm as pensões mais baixas estão excluídos dos descontos, a não ser que vão passear à baixa.




Uma viagem de ida e volta ao Porto (Z6), fica agora para o reformado/pensionista 2*1,85=3,7€ quando se viajasse na CP ficava-lhe por apenas 2*0,7= 1,4€ ou seja, fica para cada ida ao Porto mais caro 2,3€ 460$00 na moeda antiga, e um agravamento de 164%.

Apenas para aqueles e aquelas que façam mais de 7 viagens mensais de ida e volta, o passe mensal compensa, mas mesmo assim é mais caro 1 € face ao comboio.

Assim e mais uma vez, a Metro discrimina e piora as condições dos utentes da linha da Póvoa face às restantes linhas da CP, e por conseguinte, às anteriores condições oferecidas pela CP.

Tudo em favor de um transporte Intermodal 'ANDANTE' que a maior parte dos utentes da linha da Póvoa não solicitou, não quer, não usa ou não tem disponível.

é caso para perguntar, Foi você que pediu um andante?

terça-feira, maio 23, 2006

Saga de um utente da linha da Póvoa

O relato que abaixo se reproduz, é a experiência de um só utente do Metro da linha da Póvoa, que teve a amabilidade de nos enviar. Coincide também com outros relatos e a nossa própria experiência, podendo acrescentar muitos outros casos e situações, embora semelhantes.

A Empresa do Metro, reconhece a existência de um grande número de avarias nas viaturas e no sitema de comunicações com elevada frequência, mas não informa os utentes que tiram os títulos e os passes; com isso prejudica todos os dias os utentes nas suas vidas pessoais e profissionais. Nenhuma referência no sítio da empresa, nenhuma explicação, nenhum pedido de desculpas.

Tão grande frequência de avarias nos veículos não são de aceitar num veículo com tão pouco tempo de vida útil, e tecnologicamente avançado.

Sempre queremos ver como ficarão os indicadores de desempenho da Metro depois destes episódios, em especial o da velocidade comercial da linha 'B'. É uma boa ocasião para testar a fiabilidade do sistema de medição deste índice (*).

A Empresa do Metro reconhece também a diminuta frota de viaturas ao serviço para todas as linhas, o que é impeditivo de melhorar o serviço, designadamente na linha da Póvoa.
Soubemos que durantes os testes antes da entrada em funcionamento da linha, a viatura de tipo urbano que circula na linha da Póvoa, quando fazia a viagem 'expresso', as rodas aqueciam acima do aceitável e as protecções da viatura paravam-na. Estará a acontecer de novo esse problema?


Estas avarias dão-nos razão quando afirmamos a necessidade de uma viatura mais robusta, mais próximo do comboio, com capacidade de fazer viagens longas e com elevada velocidade, o 'tram-train'.

Quer a Empresa do Metro, quer o seu administrador e Presidente da Câmara de Vila do Conde, Eng.º Mário de Almeida nos disseram nas últimas reuniões que com eles tivemos, que já tinha sido adjudicada as viaturas que reclamamos. O Ministro desmentindo-os, disse apenas que estava em estudo a sua compra.

Passaram-se já quase dois meses e não há notícia da sua compra. Pode ser que com estas avarias, se decidam de vez....

Segue o relato:

  • 22.Mai (Linha B - Paragem do Lidador)
Uma vez mais, o metro que que vem da Póvoa com destino ao Estádio do Dragão e deveria passar no Lidador às 8:29, passou às 8:43, ou seja 14 MINUTOS DE ATRASO; Para não terminar a viagem sem outro motivo de reclamação, eis que entre a Casa da Música e o Estádio do Dragão, o metro fez a viagem SEM LUZ..., não havia ILIMINAÇÃO nas carruagens e relembro que este trajecto é feito em Túnel... Lamentavel, de facto.

  • 19.Mai (Linha B - Paragem do Lidador)
Uma vez mais, o metro que que vem da Póvoa com destino ao Estádio do Dragão e deveria passar no Lidador às 8:29, passou às 8:35, ou seja 6 MINUTOS DE ATRASO ; Seria esta uma situação normal, não tivesse acontecido nada de anormal no resto da viagem. A verdade é uns minutos depois antes da paragem de Esposade o metro para bruscamente e fica imobilizado cerca de 3 minutos, por motivo de "pequena avaria", disse o maquinista. Após, reinício da viagem, apenas uns minutos depois volta acontecer o mesmo e mais uma imobilização de 3 minutos. Após o arranque, a composição chega até a Francos e mais uma nova paragem de cerca de 3 ou 4 minutos pois aparentemente haveria uma nova avaria nas portas uma vez que todas elas abriam e fechavam consecutivamente sem haver maneira de pararem. Em suma, mais uma viagem atribulada em que com todos estes atrasos resultou num atraso total de cerca de 12 minutos. Recordo que uma viagem que deveria sair do Lidador às 8:29 e deveria chegar à Trindade às 8:59 (30 minutos), acabou por ter a sua chegada à Trindade apenas às 9:16 .

  • 18.Mai (Linha B - Paragem da Trindande)
Ao contrário do que sempre aconteceu desde que a Linha B (Póvoa) está em funcionamento, em que o metro que circula nesta linha tem sempre 2 composições (carruagens), ontem lamentavelmente a Transdev decidiu apenas enviar uma composição no horário das 18:10, pelo que em hora de ponta, numa linha que normalmente já está totalmente congestionada, significou que cerca de metade das pessoas que estavam na Trindade (e paragens seguintes) em direcção à Póvoa (ou paragens anteriores) tivessem ficado de fora do metro, pois não era possivel entrar mais gente. Como que se tal não fosse suficiente, na Casa da Música, o metro esteve parado cerca de 5 minutos, sem qualquer explicação. Posteriormente, uma das portas avariou numa estação seguinte, ficando a porta encravada e assim aumentando o rol de avarias que estão a acontecer ultimamente.

  • (Linha B - Paragem do Lidador)
O metro (Serviço Normal) com origem da Póvoa com destino ao Estádio do Dragão, deveria passar no Lidador às 8:29, mas passou às 8:43 ou seja 14 MINUTOS DE ATRASO; Uma vez mais, no horário das 8:29 em que deveria passar um metro de serviço Normal, passou um do serviço Expresso e que naturalmente não abrangendo aquela paragem significou uma vez mais todas as pessoa que lá estavam ficaram incrédulas com o que acontecia;

  • 17.Mai (Paragem da Lapa)
Por volta das 8:57, na linha em sentido a Matosinhos, estava uma vez mais uma composição do metro avariada na linha, já com todos os passageiros fora da mesma e já com uma composição em direcção à Maia igualmente parada e obviamente com atrasos. Começa a ser preocupante o nr. de avarias num sistema ainda tão recente;

  • (Linha B – Sentido Póvoa)
No horário do metro das 19:09, entrei mo metro na Trindade e ao chegar à paragem da Lapa (precisamente na paragem onde até 4 fiscais do Metro entraram e puderam constatar), começou a "chover" em cima dos passageiros, uma vez que toda a água do ar-condicionado começou a cair em fios (não em gotas). Uma vez mais, isto não são falhas normais num sistema moderno.

  • 16.Mai (Linha B - Paragem da Trindande)
Estava na estação da Trindade para apanhar o Metro (serviço Normal) que ia em direcção à Povoa de Varzim e que tem o horário das 19:30. Por incrível que pareça, este metro passou às 19:50, ou seja 20 MINUTOS DE ATRASO, o que equivale a dizer que houve um metro que não passou já que a frequência é de 20 em 20 minutos. A Metro do Porto achou por bem que não havia necessidade de enviar esta composição do metro, já que em vez de cumprir o tempo máximo de espera de 20 minutos o metro demorou 40 minutos;

  • 11.Mai (Linha B - Paragem da Trindande)
Em plena estação da Trindade, estava à espera para apanhar o Metro que tem o horário das 19:30 (Serviço Normal) que ia em direcção à Povoa de Varzim. Por incrível que pareça, no painel electrónico havia a indicação de que o Metro que se estava a chegar era da linha B-Póvoa (Serviço Expresso). Lamentavelmente, tal não era verdade e o metro era do Serviço Normal, pelo que muitas pessoas não perceberam se podiam ou não entrar na composição, devido a não saberem ao certo de se era Expresso ou não, e portanto não arriscaram entrar no metro pois se fosse mesmo Expresso não iria parar nas estações onde pretendiam sair.

  • 09.Mai (Linha B - Paragem do Lidador)
O metro que vinha da Póvoa com destino ao Estádio do Dragão, deveria passar no Lidador às 8:29, mas passou às 8:40 ou seja 11 MINUTOS DE ATRASO; No horário das 8:29 em que deveria passar um metro de serviço Normal, passou um do serviço Expresso que não abrange aquela paragem e portanto todas as pessoa que lá estavam ficaram incrédulas com o que acontecia;

  • 08.Mai (Linha B - Paragem do Lidador)
O metro que vinha da Póvoa com destino ao Estádio do Dragão, deveria passar no Lidador às 8:29, mas passou às 8:45, ou seja 16 MINUTOS DE ATRASO ;
Constantemente no horário das 8:29 no Lidador, acontece do mesmo não ser cumprido e o metro passar com 5/6 minutos de atraso;
Constantemente o sistema electrónico informa "TEMPO DE ESPERA: 20 MINUTOS", sendo que esta informação é totalmente irrelevante uma vez que toda a gente sabe que esse é o tempo máximo de espera, logo o sistema tem obrigatoriamente de dar um tempo de espera aproximado, só assim faz sentido.


-------------
(*)
Gostaríamos de ver os indicadores individualizados por linha, como acontece com a velocidade comercial, de outra forma as linhas com melhor desempenho encobrem o pior desempenho das restantes e isso é uma forma de esconder os problemas aos seus utentes.
Gostaríamos também que fossem criados outros indicadores mais fiáveis do desempenho da rede e de cada uma das linhas, como é o caso do indicador do cumprimento de frequências e de horários.

quinta-feira, maio 18, 2006

CULP reúne com a DECO


Na passada segunda-feira, 15 de Maio, a pedido da CULP, efectuou-se uma reunião com a delegação do Norte da DECO a fim de trocar pontos de vista acerca dos transportes, designadamente na linha da Póvoa, mas também no interior da cidade do Porto.

O nosso objectivo foi o de levar à DECO, as questões que os utentes enquanto consumidores, consideram gravosos e desrespeitadores de leis e/ou de boas práticas, a fim de que aquela associação de consumidores, pela sua independência e rigor com que tem pautado a sua já longa existência, possa avaliar e tomar posição pública ou até, usando da sua influência, possa junto das entidades visadas, inverter e corrigir os problemas que identificamos.

Os temas apresentados pela CULP foram objecto de envio de um memorando escrito que abaixo se reproduz.

Por sua vez a DECO também nos entregou três comunicados de imprensa que visam reclamações apresentadas por utentes dos transportes, que igualmente colocamos mais abaixo.

Consideramos a reunião muito interessante e produtiva, e ambas as partes ficaram abertas a outras sempre que as partes achem necessaário.

Seguem o memorando dos assuntos tartados pela CULP e DECO:

PONTOS DE VISTA da


Tarifário e intermodalidade

  1. A CP tem uma intermodalidade mais ampla e económica que a rede do metro. Com efeito a CP tem com a STCP e a Resende um acordo em que os utentes portadores de passe mensal da CP pagam cerca de 2/3 do custo do passe da STCP.

O custo do passe de cidade da STCP tem actualmente um custo de 21,25€. Os portadores de passe da CP pagam por ele apenas 13,35€.

Resulta que para um utente da linha do Minho da CP, paga pelo seu passe mensal de Lousado para o Porto (3 zonas) 32,95€, mais 13,35€ pelo passe de cidade da STCP. Ou seja, por 46,3€ pode circular de Lousado ao Porto e em toda a cidade do Porto. Seria o valor que pagariam os utentes da extinta linha da Póvoa, pois que pertencia à Unidade de suburbanos da CP do grande Porto e toda a linha correspondia a 3 zonas.

Integrada na rede do Metro que prometia melhor mobilidade, para se movimentar no mesmo espaço geográfico, os utentes têm agora de pagar um bilhete Z7 com o valor de 55,05€, um acréscimo de 19%.

Entretanto a STCP, por via da introdução do Metro, reduziu o número de linhas da sua rede, acresce que apenas parte da sua rede está integrada na rede do ‘andante’, no que resulta uma diminuição efectiva de oferta de transporte e por consequência de mobilidade, apesar do aumento do custo já referido.

consultar preçarios da CP


  1. A Empresa do Metro argumenta que o custo mais elevado tem como contrapartida a intermodalidade. Ora acontece que muitos dos utentes do Metro não têm ou não desejam a intermodalidade.

Não têm em muitos percursos onde não há operadores alternativos aderentes do sistema ‘andante’, como acontece, por exemplo, nos concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim. Assim todos os utentes que se deslocam de Metro dentro destes concelhos pagam a intermodalidade que não usufruem.

Mas também pagam a intermodalidade todos aqueles utentes que se deslocam apenas de Metro e não desejam/necessitam da intermodadidade, como são, por exemplo, todos os que se deslocam sempre e só, entre duas paragens do Metro.

Cremos que ninguém pode ser obrigado a pagar um serviço que não solicitou, não tem e/ou não deseja.


Zonamento

Os passes sociais e títulos ‘andante’ estão afectos a zonas previamente determinadas e assim a fronteiras à mobilidade. Uma coisa é o sistema de bilhética registar o percurso de um utente e operadores utilizados, para posterior contabilidade entre operadores e recolha de informação estatística, outra é restringir à partida as zonas por onde pode movimentar-se. O ‘andante’ torna-se pouco flexível, comprar um título para um dia, para 10 viagens ou para um mês afecto a zonas pré-determinadas e não reconfiguráveis, é um risco elevado, podendo tornar-se anti-económico, logo desincentivador do uso do mesmo.

A cidade do Porto no sistema ‘andante’ foi dividida em três zonas (C1,C2e C6) ao contrário do zonamento da STCP que tem apenas uma. O resultado é que todos os utentes que se deslocam de norte para o Porto vêm agravados os custos das suas viagens em uma ou duas zonas, pois existem duas zonas entre a circunvalação e a VCI (C2 e C6) as quais encarecem as entradas no centro do Porto em uma zona adicional, ao contrário de quem se dirige igualmente para o centro (zona C1) pelo sul. Acresce que, para se deslocar para a zona leste da cidade quem entra de norte pela zona C2 ou para oeste pela zona C6, tem obrigatoriamente de se dirigir ao centro para regressar à periferia, pagando duas zonas adicionais. É o que acontece, por exemplo, aos utentes da linha da Póvoa e de Matosinhos que estudam ou trabalham no pólo universitário da Asprela.


OPACIDADE do sistema de ‘bilhética’

O sistema que funciona bem do ponto de vista do gestor da rede de transportes, porque tem informação detalhada e em tempo real quer da demanda, quer dos percursos, permitindo em simultâneo a repartição exacta pelos operadores dos proveitos da exploração.

Para os utentes é um sistema opaco pois não disponibiliza informação acerca dos títulos existentes em cada cartão. Não permitindo este, carregar mais de um título de cada vez, e não informando qual dos títulos estão carregados e ainda estando as zonas pré-determinadas, não resta ao utente outra alternativa senão possuir vários cartões suporte de títulos, um para cada título (nº de zonas ou o mesmo número de zonas mas para zonas diferentes).


Retirada indevida de títulos

Quando o cartão ‘GOLD’ tem títulos individuais válidos para uma determinada zona, e simultaneamente um passe válido para a mesma zona, o sistema de ‘bilhética’ cobra-se prioritariamente da viagem do título individual em detrimento da viagem válida do passe. Como resultado, o utente paga essa viagem duas vezes; a viagem está paga através do passe, e volta a pagá-la ao lhe ser retirada a viagem individual no(s) primeiro(s) dia(s) que usa o passe até retirar todas as viagens individuais. O utente só dá pela falta das viagens individuais que tinha anteriormente a ter tirado o passe, ao fim de um mês, ou muitos meses depois, quando interromper a compra do passe e for usar as viagens individuais.

Propomos que neste caso, quando um utente comprar um passe mensal, lhe sejam retiradas e descontadas, todas as viagens individuais, para evitar a sua subtracção indevida. Outra solução é a validação ser feita sempre prioritariamente retirando a viagem ao passe, e não à viagem individual.


Penalização por falta de bilhete

CP 50€,

Metro 70€

40% mais elevado

nota:- no Alfa pendular é de 65€. Fonte: Informação prática da CP em www.cp.pt


PENALIZAÇÃO POR FALTA DE ASSINATURA VÁLIDA


CP urbanos de Lisboa 3€,

CP urbanos do Porto 5€,

Metro 70€

1.400% mais elevado

nota:- no Alfa pendular e Intercidades é de 4€.


Forças de Segurança

Na CP pagam ¼ de bilhete em toda a rede nacional.

No Metro têm passe de ida e volta ao local de trabalho. Fora dessas zonas pagam por inteiro.


Alimentação nos transportes

Proibido no Metro, segundo a alínea e) do art.º 4º de Condições Gerais de Transporte

não vemos justificação para esta restrição, tanto mais que só existe no Metro do Porto, e em nenhum outro meio de transporte.

No caso dos utentes da linha da Póvoa que se desloquem, por exemplo, para o estádio do dragão e futuramente para Gondomar, permanecerão em viagem por tempo muito superior a uma hora, não sendo razoável impedir a alimentação. Também utentes com baixa tensão e diabéticos não podem ser submetidos a essa cláusula que em nosso entender é abusiva.


Casas de banho no transporte

As viaturas do metro, ao contrário dos comboios da CP, não têm casa der banho. As viagens podem ser longas como já foi referido e ninguém está livre de necessitar subitamente de uma ida à casa de banho. As crianças, idosos e doentes têm dificuldades acrescidas com a ausência de casas de banho.

Também nas paragens e estações de metro, não existem casas de banho, e onde existem, estas estão fechadas e sem identificação, servindo apenas para os funcionários. Consta que na Trindade e na casa da Música já estiveram abertas ao público, mas que foram fechadas após acções de vandalismo. Não nos parece medida ajustada o fecho das casas de banho por este motivo. Estas devem ser construídas com materiais resistentes ao vandalismo, e devem ser vigiadas electronicamente e por fiscais a fim de que estejam utilizáveis, bem como todos os equipamentos necessários ao bom funcionamento do transporte. A comparação com a CP também aqui deixa o metro muitos furos atrás.


Cláusulas abusivas

  • Proibido fazer recolha de assinaturas no interior do Metro sem prévia autorização (alínea l) do artigo 4º). Qual é a motivação para impedir a recolha de assinaturas? Em que é que a recolha de assinaturas interfere com a actividade do fornecimento do transporte nas condições desejáveis? Não há aqui uma intromissão na esfera de liberdade individual?

  • Proibido distribuir panfletos no interior do Metro sem autorização (alínea l) do artigo 4º).

Sendo local público, um serviço público, prestado por entidade pública, sendo estas ‘actividades’ decorrentes da liberdade de expressão e sem qualquer interactividade com o normal funcionamento do serviço, como pode a empresa pública1 interferir e mesmo proibir? Não são normais comportamentos de cidadãos em espaço público? Que outro serviço público proíbe estas actividades?


Último Transporte

O último transporte era no tempo do comboio, às 00:30h. Agora com o Metro, o último transporte que sai da Póvoa é As 00:15h. Esta situação é muito penalizadora para um grupo específico de trabalhadores, aqueles que trabalham por turnos, pois não têm tempo de largar o trabalho às 00:00h e chegar ao Metro que se situa no extremo sul da cidade da Póvoa de Varzim.


COMISSÕES DE UTENTES

Falta a regulamentação das Comissões de Utentes em cumprimento do art.º 22 do Decreto-Lei n.º 558/99 de 17 de Dezembro de 1999 que

Estabelece o regime jurídico do sector empresarial do Estado e das empresas públicas

que pode ser consultado aqui

«

Artigo 22.º
Participação dos utentes
1 - O Estado promoverá o desenvolvimento de formas de concertação com os utentes ou organizações representativas destes, bem como da sua participação na definição dos objectivos das empresas públicas encarregadas da gestão de serviços de interesse económico geral.
2 - O direito de participação dos utentes na definição dos objectivos das empresas públicas encarregadas da gestão de serviços de interesse económico geral será regulado por decreto-lei.»


Via Verde’ para a mobilidade

Documento/proposta da CULP feito em sede de discussão pública no Fórum do Ambiente do Grande Porto, realizado no âmbito do Plano Estratégico do Grande Porto. O artigo foi convidado para fazer uma apresentação no painel da mobilidade. Podem ser obtidos em:

'Via Verde para a mobilidade' - artigo

'Via Verde para a mobilidade' - apresentação (pdf)


Abrigos Úteis

Documento/proposta da CULP feito em sede de discussão pública no Fórum do Ambiente do Grande Porto, realizado no âmbito do Plano Estratégico do Grande Porto. Refere-se ao facto dos abrigos de superfície do Metro serem minimalistas e não oferecerem abrigo e conforto aos utentes, designadamente no Inverno.

'Abrigos Úteis' - artigo


OUTROS DOCUMENTOS

Posição e propostas da CULP em sede de discussão do Estudo de Impacto Ambiental por ocasião da duplicação da linha da Póvoa.

Enviamos em anexo.


1 Dec.-Lei n.º 394/98 de 15 de Dezembro “Atribui à sociedade Metro do Porto, S.A., o serviço público do sistema de metro ligeiro na área metropolitana do Porto...”.

--------------

PONTOS DE VISTA da

'clicar' na imagem para aumentar


'clicar' na imagem para aumentar


'clicar' na imagem para aumentar


sítio da deco: www.deco.pt