terça-feira, abril 11, 2006

Abaixo-assinado sobre o último transporte para o Porto.

Um grupo de utentes que usualmente toma o último transporte da Póvoa para o Porto, fez-nos chegar a sua pretenção para que seja alterado o horário do mesmo.

Com efeito, o último parte da Póvoa de Varzim às 00:15h o que dificulta a vida a todos e todas que trabalhando por turnos, que saem à meia noite dos seus trabalhos.

Como a paragem da Póvoa fica a sul do concelho, é impossível para muitos (as) chegarem a tempo de apanharem este transporte, aliás o único a estas horas.

Como o Metro é um serviço público, e recebe comparticipação do Estado, tem obrigação de fazer um serviço social e assim o de suprir as necessidades destes cidadãos-utentes.

A pretenção destes utentes que fizeram um abaixo-assinado que já entregaram na empresa do metro, é de que o último transporte parta às 00:45h permitindo que aqueles possam após o seu trabalho, tomar banho, acabar algum serviço que tenham em mãos e deslocar-se das zonas mais afastadas, por exemplo da marginal, para a paragem.

Esta pretenção justifica-se plenamente em nosso entender, até porque a falta de um transporte para além das 00:30h é limitativo quer da diversão e lazer nocturno, de que a Póvoa muito vive em especial no Verão, quer no recrutamento de mão de obra para, entre outras actividades, a indústria hoteleira.

O Metro bem poderia ser uma alternativa de transporte para todos e todas aqueles que tendo bebido uns copos a mais, pretendem regressar as suas casas tranquilos e sem porem a sua vida e a dos outros em risco. As vantagens para a EMP poderão ser limtadas, mas para o país podem ser consideráveis.

A CULP associou-se já a esta pretenção junto da EMP, tendo nos sido comunicado que o assunto foi reencaminhado para os serviços respectivos para análise.

Esperamos que a EMP considere a rectificação do horário


segunda-feira, abril 03, 2006

Utentes aplaudem rectificação dos ABRIGOS

Um estudo encomendado pela Transdev, a empresa que explora comercialmente a rede de Metro, revelou que os utentes apontaram como principal 'defeito' do Metro, a reduzida protecção dos abrigos de superfície (16% de opiniões desfavoráveis).

Maio 2005: utentes em Crestins defendem-se do sol matinal (10h) atrás do abrigo numa espera de 18 minutos.

Nada que surpreenda quem utiliza o Metro e só confirma as nossas preocupações e alertas feitas no passado. Em Outubro de 2002 na discussão pública do EIA-Estudo do Impacte Ambiental da duplicação da linha, mas também no Fórum da Sustentabilidade realizado em Junho do ano passado na Maia, num documento a que demos o título "ABRIGOS ÚTEIS" e que pode ser baixado do sítio do FUTURO SUSTENTÁVEL


Cobertura curvilínea sobre a catenária rebaixada

No documento propusemos como 'remendo' para estes abrigos minimalistas, a colocação de uma cobertura quase transparente, na verdade com alguma reflexão dos raios solares (50%) a qual pode ser até suspensa por cabos dos 4 postes mais próximos que suportam a catenária, ou por suportes autónomos. Seria uma solução elegante e que em nossa opinião não feria nem interferia demasiado com a 'simplicidade' do traço do arquitecto Souto Moura.

A paragem das '7 bicas' porque já tem a catenária rebaixada, podia ser escolhida para experiência piloto.

estação de serviço da GALP no IC1/A28 em Mindelo

Um exemplo 'próximo' da solução que defendemos está representada na figura precedente. O vão é muito maior e a estrutura por isso mais pesada, mas igualmente 'elegante'.

Contactados pela comunicação social acerca dos abrigos, referimos igualmente a inadequação dos bancos (chamar àquilo bancos só com muita boa vontade) por falta de encosto e por serem demasiado duros e frios no inverno e para o facto dos vidros laterais dos abrigos não protegeren até ao chão.

Na Grécia: granito mas com banco de madeira e protecção até ao chão. Por que não copiar?

Ao abandonar a posição de intransigência e ao reconhecer a inadequação dos abrigos, e disponibilizar-se para os rectificar, a EMP dá um importante passo para a reconciliação dos utentes com o importante e estruturante meio de transporte que é o metro.

Os utentes só podem aplaudir esta nova postura da EMP que vai no sentido da melhoria contínua do serviço prestado e na auscultação não só daqueles que estão satisfeitos com o serviço prestado, mas também daqueles que não estão.

É com a opinião dos descontentes que o serviço pode melhorar, alargando o número de satisfeitos e da abrangência do serviço a maiores sectores de cidadãos da AMP.