segunda-feira, fevereiro 23, 2009

Mais Expressos (2 por hora) em período curto


O Público de hoje dá conta do que os utentes da linha da Póvoa já tinham constactado, que afinal a promessa do reforço dos expressos que deveria ter acontecido no início do ano, só lá para Abril será uma realidade, isto se entretanto não for mais uma vez, publicidade enganosa.

A empresa do Metro respondeu às nossas críticas de falta de oferta de transporte que levou a desmaios na linha com uma promessa futura de mais oferta que como já sabia, não podia concretizar nas datas por si referidas.

Mas o jornal Público de hoje inclui igualmente um protesto sobe a forma de artigo de opinião, com um título certamente a gulosar com os descontos que a empresa do Metro promove numa clínica da cidade (pode ver aqui). É que como diz com muito humor o jornalista poveiro José Manuel Rocha, para quem tem horários alargados e flexíveis, como nos exigem os patrões e o governo, não oferecer serviço expresso depois das 20h quando o Metro pára em todas as estações, mesmo que não entre nem saia ninguém, é um mau serviço.


Não se pode colocar um botão nas paragens e o Metro só parar quando é necessário?

o texto segue abaixo;

A Metro preocupa-se com a sua saúde
23.02.2009, José Manuel Rocha

Sou do tempo em que uma viagem de comboio entre a Póvoa de Varzim e a estação da Trindade, no Porto, demorava 52 minutos. Agora, com o metro, demora 55, no serviço normal. No expresso, são 37 minutos. Mas só há um por hora. E estas ligações mais rápidas extinguem-se ao final da tarde. Ou seja, quem trabalha um pouco pela noite dentro - por exemplo, até às 21h - tem que gramar com os 55 minutos da ordem.

A empresa que opera o serviço do metro do Porto anuncia, agora, alterações nos horários. Qual é a novidade? A substituição de um dos serviços normais por um expresso, em cada hora. Correcto. Mas a terminar novamente pelo final da tarde.

Isto quer dizer que as pessoas que utilizam este meio de transporte depois das 20h não têm direito a poupar 20 minutos na viagem para se reunirem um pouco mais cedo com a família. Quem sabe, apanharem ainda o filho mais pequeno acordado.

Não, não têm esse direito. Mas a Metro do Porto propicia-lhes, em contrapartida, uma viagem descansada pelas magníficas paisagens que constituem a notável bacia do rio Leça, a estação de tratamento de lixos da Lipor, o castelo de casas encavalitadas de Pedras Rubras, a zona industrial de Mindelo e a Chinatown da Varziela. Tudo à luz da lua. Enternecedor. E com inúmeras paragens em que as portas se abrem não para que possam entrar ou sair passageiros, porque não os há nesses apeadeiros, a essa hora. As portas abrem-se apenas para que o fresco ar do campo nos limpe os pulmões. E ainda dizem que não há quem se preocupe com a nossa saúde. Olhem para o exemplo da Metro do Porto!

sexta-feira, fevereiro 06, 2009

'cartão amarelo' dos utentes à TRANSDEV



A concessão da exploração da linha do Metro que tem sido feita pela empresa TRANSDEV está a terminar e a empresa do Metro já anunciou que vai continuar a escolher esta empresa para a operar nas linhas.

Perante vários casos de má atitude, como aquela revelada aqui no caso dos desmaios, de falhas evidentes nos equipamentos, a começar pelo fecho e inexistência de casas de banho, até aos abrigos insuficientes ou ainda à falta de informação adequada nas interfaces quer com outros transportes mas também nos cruzamentos de linhas, a empresa do Metro deveria dar um 'cartão amarelo' a esta empresa que é pouco amiga dos seus utentes.

A Transdev vem agora anunciar que convidou cinco especialistas internacionais para avaliar o funcionamento do metro, não contestamos a valia desse contributo, mas o desafio que aqui deixamos, é que a Transdev aceite a opinião dos especialistas que já cá tem, os seus utentes que viajam diariamente e não só durante o período do convite, onde naturalmente a operação terá maior atenção e respostas mais condizentes com um serviço de qualidade, feita por convidados seus e por si pagos, garantindo assim uma 'avaliação' mais simpática.

Parece que a Transdev receia a avaliação dos seus utentes e que isso possa ter consequências na revalidação da concessão.

Para que conste, exibimos o cartão amarelo à TRANSDEV.

notícia no JN - Peritos disfarçados de clientes avaliam metro