segunda-feira, abril 03, 2006

Utentes aplaudem rectificação dos ABRIGOS

Um estudo encomendado pela Transdev, a empresa que explora comercialmente a rede de Metro, revelou que os utentes apontaram como principal 'defeito' do Metro, a reduzida protecção dos abrigos de superfície (16% de opiniões desfavoráveis).

Maio 2005: utentes em Crestins defendem-se do sol matinal (10h) atrás do abrigo numa espera de 18 minutos.

Nada que surpreenda quem utiliza o Metro e só confirma as nossas preocupações e alertas feitas no passado. Em Outubro de 2002 na discussão pública do EIA-Estudo do Impacte Ambiental da duplicação da linha, mas também no Fórum da Sustentabilidade realizado em Junho do ano passado na Maia, num documento a que demos o título "ABRIGOS ÚTEIS" e que pode ser baixado do sítio do FUTURO SUSTENTÁVEL


Cobertura curvilínea sobre a catenária rebaixada

No documento propusemos como 'remendo' para estes abrigos minimalistas, a colocação de uma cobertura quase transparente, na verdade com alguma reflexão dos raios solares (50%) a qual pode ser até suspensa por cabos dos 4 postes mais próximos que suportam a catenária, ou por suportes autónomos. Seria uma solução elegante e que em nossa opinião não feria nem interferia demasiado com a 'simplicidade' do traço do arquitecto Souto Moura.

A paragem das '7 bicas' porque já tem a catenária rebaixada, podia ser escolhida para experiência piloto.

estação de serviço da GALP no IC1/A28 em Mindelo

Um exemplo 'próximo' da solução que defendemos está representada na figura precedente. O vão é muito maior e a estrutura por isso mais pesada, mas igualmente 'elegante'.

Contactados pela comunicação social acerca dos abrigos, referimos igualmente a inadequação dos bancos (chamar àquilo bancos só com muita boa vontade) por falta de encosto e por serem demasiado duros e frios no inverno e para o facto dos vidros laterais dos abrigos não protegeren até ao chão.

Na Grécia: granito mas com banco de madeira e protecção até ao chão. Por que não copiar?

Ao abandonar a posição de intransigência e ao reconhecer a inadequação dos abrigos, e disponibilizar-se para os rectificar, a EMP dá um importante passo para a reconciliação dos utentes com o importante e estruturante meio de transporte que é o metro.

Os utentes só podem aplaudir esta nova postura da EMP que vai no sentido da melhoria contínua do serviço prestado e na auscultação não só daqueles que estão satisfeitos com o serviço prestado, mas também daqueles que não estão.

É com a opinião dos descontentes que o serviço pode melhorar, alargando o número de satisfeitos e da abrangência do serviço a maiores sectores de cidadãos da AMP.


4 comentários:

Pedro disse...

a vossa ideia de uma cobertura é excelente!!!! E, já pensei no mesmo. De facto, não é só o calor é também a chuva. E, aquilo não são estações são apiadeiros. E, quando chove não há sitio para abrigar quando a chuva cai de lado.

Estes apiadeiros foram imaginados por Siza Vieira? Não acredito :| são completamente desfuncionais e nem sequer são grande chuto em termos de aspecto. Deve ter sido o pior trabalho dele. Eu até tenho vergonha de tirar fotos e mandar para o pessoal e dizer que aquilo é a estação da Póvoa! Vão logo rir da minha cara.

Apesar da estação no global, tirando o Apiadeiro estar bem melhor que o que era. A cobertura por cima do metro dava de facto outra imagem e era bem mais funcional.

Anónimo disse...

Os abrigos são do Souto Moura, outro 'papa' da arquitectura a treinar para ditador.

E já agora, são apeadeiros, figura que existia e existe na CP mas não no Metro.

Apeadeiros na nomenclatura da CP são locais de paragem simples, com pouca frequência, sem funcionários e sem outros equipamentos como casa de banho e sala de espera.

Um apeadeiro célebre é Fátima na linha do Norte. Com efeito só tem utentes nas épocas de culto e não faz sentido que o Alfa ou Intercidades pare lá sempre, nem todos os dias do ano.

No Metro tudo são paragens com a mesma importância, o mesmo é dizer, um erro multiplicado por muitos apeadeiros.

Nenhuma paragem tem casa de banho ou telefone, sala de espera seria um luxo. Valha-nos algumas paragens subterrâneas, essas sim cobertas.

A propósito de acsas de banho, já me afiançaram que a Trindade e a Casa da Música têm casas de banho mas que estão fechadas.

Alguém já as viu?

Pedro disse...

Eu não. Um dia estava aflito, e ia no metro à procura de sinal WC. E, pelo que vi nas estações nem tem lá nada. Sorte que tinha que apanhar o metro da Linha D e ir ao ISEP onde tem resmas de WCs. LOL.

Anónimo disse...

Metro do Porto: Gaia sem circulação para instalar cobertura de estação

O troço final da Linha Amarela do Metro do Porto em Gaia vai estar cortado à circulação entre as 22:00 de hoje e a manhã de quarta-feira para a colocação da cobertura da Estação João de Deus, anunciou a empresa.

Aquela estação, que corresponde ao término sul da Linha Amarela, é a única de superfície de todo o Metro do Porto que dispõe apenas de cais central, o que impossibilita a instalação dos abrigos convencionais.

Daí que a empresa tenha optado pela colocação de uma estrutura de coberturas diferente, de instalação mais complexa, o que irá obrigar à interrupção, por várias horas, da circulação de carruagens.

Assim, a partir das 22:00 horas, as carruagens terminarão o seu circuito na estação anterior, a de General Torres, podendo o restante percurso, até à Estação de João de Deus, ser efectuado com recurso a autocarros destacados para o efeito.

Este serviço alternativo, disponível para todos os utentes com título de transporte validado, funcionará até às 01:30 horas da madrugada de quarta-feira, hora em que normalmente termina o serviço do Metro do Porto.

A instalação da cobertura obrigará ainda ao corte da circulação automóvel na Avenida da República, nas imediações da Estação João de Deus, entre as 22:00 horas de hoje e as 05:00 horas de quarta- feira.

Esta operação permitirá a instalação da primeira secção da pala que funcionará como cobertura, prevendo-se que os trabalhos continuem nas noites de 21 e 22 de Abril, assim como 5 e 11 de Maio, datas em que novamente haverá limitações na circulação do metro.

Diário Digital / Lusa

11-04-2006 18:54:36