quinta-feira, março 09, 2006

Documento histórico

Hoje, passados 5 anos, vale a pena ler este documento que pretendeu ser uma minuta da primeira reunião entre a empresa do Metro e um grupo de utentes preocupado com o projecto da anunciada linha do Metro para substituir a linha suburbana da Póvoa.

Acabou por ser apenas a visão daqueles utentes dessa reunião, por recusa da empresa do Metro em fazer uma acta que servisse para dar conta aos restantes utentes o que lá se passou.

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Não é demais sublinhar o excerto retirado da comunicação do Eng.º Batista da Costa feita na Ordem dos Engenheiros no Porto em Abril de 1996(*):


“O Sistema de Metro Ligeiro na A.M.P. pretende dar resposta principalmente à mobilidade.

Logo aqui se pode constatar a existência de dois tipos de serviço completamente diferente e de difícil compatibilização: por um lado, um serviço urbano nos centros das cidades, em especial do Porto, de Matosinhos e Gaia; e, por outro, um serviço suburbano como consequência da integração das Linhas da Póvoa e da Trofa na rede de Metro Ligeiro.

Aqui surge o primeiro grande desafio aos projectistas; pois um serviço suburbano tem, comparativamente com o serviço urbano, diferentes exigêncioas de espaço, deve atingir maiores velocidades, ter mais lugares sentados e transporta clientes que ocupam o veículo mais tempo por viagem.”


Após todos os avisos feitos quer pelos técnicos do próprio Metro, quer pelos utentes, pese embora a duplicação da linha, e os (dizem-nos) 252 milhões de euros gastos, o serviço de transportes mantém o essencial:

  • viagens sem diminuição de tempo, muito por via do aumento do número de paragens (na altura só mais 10, hoje mais 14) por exigência dos autarcas que fizeram ouvidos moucos daqueles avisos.
  • viagens menos cómodas, com menos lugares sentados, e abrigos minimalistas que não protegem os utentes das intempéries.

Bem 'pregou' o Eng.º Batista da Costa que entretanto abandonou a empresa do Metro por incompatibilidade com o Presidente da Comissão Executiva, Oliveira Marques.

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Há dias o actual Presidente da Administração do Metro, o Major Valentim Loureiro afirmou à agência noticiosa Lusa, de que os utentes tinham razão mas que já vieram tarde.

Compreende-se o desconhecimento do Presidente da Metro, da Liga, da Câmara de Gondomar, dadas as suas múltiplas tarefas e o facto de já entrar tarde no processo após o falecimento do Dr. Vieira de Carvalho
e de outras trapalhadas que tem de esclarecer....

Publicamos este documento amplamente distribuído aos utentes, que duvidamos o Major venha a ler, mas que servirá para aqueles que o ouvem não se deixarem enganar pela sua ignorância que reputamos grave, atendendo ao cargo que ocupa.

(*) documento cujo cabeçalho reproduzimos

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