sexta-feira, março 24, 2006

Reunião com a Comissão Executiva da Empresa do Metro

Quinta-feira, 16 de Março, 18:00h.

A pedido da Empresa do Metro, realizou-se uma reunião com a CULP.

Pela Empresa do Metro do Porto -EMP- estiveram presentes:
  • Oliveira Marques
  • Nuno Ortigão.
Pela CULP:
  • Armando Herculano
  • Eliana Sousa
  • Helena Duarte

A administração do Metro decidiu ouvir a CULP no sentido de saber quais as suas críticas e sugestões. Foi mostrada abertura para discutir todos os asuntos que fossem da competência da EMP.

Foram tratadas as seguintes questões:
  1. Abrigos das Paragens
  2. Composições Expresso
  3. Tram-Train
  4. Zonamento
  5. Tarifário

1. Abrigos das paragens

A CULP afirmou que os abrigos oferecem protecção insuficiente aos utentes que nas paragens esperam o metro. Referimos que a extensão e a profundidade dos abrigos é insuficiente, que não protege da chuva tocada a vento como é costume, nem da insolação. Afirmamos igualmente que as paralelipípedos de granito não são bancos, são gélidos no inverno, e não têm encosto.

Fomos informados que as paragens foram contratadas num concurso de projecto/construção e que também as achavam inadequadas, quer as paragens urbanas quer as ditas rurais, mas que agora a sua melhoria era difícil.

2.Composições Expresso
A CULP sugeriu que fosse aumentada a frequência das composições expresso. Em vez de três viaturas lentas e 1 expresso, sugerimos 2 lentas e 2 expresso, alternadamente.

Sugerimos também que a paragem em Pedras Rubras fosse substituída por paragens em Mindelo e em Vilar do Pinheiro, do seguinte modo:

Uma viatura expresso pararia em Mindelo em substituição de P. Rubras.
A outra pararia em Vilar do Pinheiro, igualmente por substituição da paragem em P. Rubras.

A nossa argumentação é a de que as viaturas expresso são para encurtar a viagem a quem se desloca do início da linha para o fim, e por isso com maior duração de viagem.

O Prof. Oliveira Marques informou-nos que a viatura tinha de parar em P. Rubras por questões técnicas, tal como já nos tinha sido informado pelo Eng.º Mário Almeida. Perguntamos que questões técnicas eram e disseram-nos que era para dar tempo à viatura lenta que seguia à frente chegar à S.ª da Hora. Isto é, tinha como objectivo atrasar o rápido para dar uma distância de segurança.

Ora fizemos ver que também se atrasava a viatura expresso, se esta parasse em Mindelo ou Vilar do Pinheiro.

Então foi-nos dito que assim era, e que se não houvesse oposição da Câmara se estudaria essa solução. A Câmara iria ser consultada para o efeito.


3.Tram-Train
A Comissão executiva informou que o governo estava já a redigir o decreto para a compra e que estaria por dias, por certo na semana que agora finda.

Sabemos agora que o ministro ainda estuda a eventualidade da compra, por declarações do próprio no dia de inauguração (18 de Março).

Uma coisa é certa, não está garantida a sua compra, porque quem estuda é porque não tem certezas, assim temos de continuar vigilantes.

Também abordamos a questão da comodidade dos assentos. Nesta questão foi por nós referido que pretendíamos assentos com apoio lombar.

Foi-nos dito que isso poderia ser introduzido na encomenda dos Tram-Train.


4.Zonamento
A CULP manifestou a esperança de um dia este zonamento e sistema de bilhética ser profundamente alterado por não corresponder às necessidades da mobilidade.

A EMP disse-nos que alteraram o zonamento inicial, com zonas mais amplas, por críticas feitas pelos operadores rodoviários privados, a fim de que o zonamento lhes seja atractivo por forma a implementar uma maior intermodalidade. O estudo foi sempre feito com assessoria da FEUP.

Foi por nós defendíamos a fusão das zonas C1-C2 e C6 (interior da circunvalação) por forma a que toda a cidade do Porto fosse uma só zona. Que isso é fundamental à mobilidade no interior da cidade e que isso corresponde a manter o zonamento da STCP (zona A ou cidade).


Foi por nós referido que todas as deslocações vindas de norte com destino ao Porto centro, têm uma coroa (zonas C2 e C6) em volta da cidade, constituindo uma fronteira que onera com uma taxa a entrada, ao contrário de quem se desloca de sul.

Esta coroa acrescenta uma zona a quem se dirige ao centro e duas a quem se dirige, por exemplo, ao Pólo Universitário II (Asprela), afectando muitos utentes estudantes, mas também utentes dos Hospitais de S. João e suas consultas externas, e utentes do IPO.

Foi ainda referido pela CULP, que é necessário melhorar a interface da linha do Metro no cruzamento com a Estrada Exterior da Circunvalação, e que a paragem de Sete Bicas deveria estar situada por debaixo do viaduto da circunvalação, pois constituiria uma interface natural com os autocarros da STCP.
A melhoria desta interface, o aumento de oferta de autocarros da STCP e a fusão das zonas C2 e C6, permitiria que os utentes que se destinam para a Asprela/Pólo Univ. II usassem esta via, e assim evitavam ter de ir ao centro (Trindade) para voltar para trás, poupando tempo e dinheiro.

A EMP ficou em estudar a melhoria da interface e da oferta de autocarros.


5.
Tarifário
A EMP informou-nos que o tarifário estava aprovado por unanimidade da administração da EMP e publicado em D.R. pelo que a EMP não tinha por si só, competência para alterar tarifários.

Depois de uma detalhada informação dos pontos de vista de ambos os lados, foi-nos proposto que fizessemos um memorando com casos típicos de utentes da linha da Póvoa e respectiva comparação dos tarifários anteriores e posteriores à conclusão da linha à Póvoa, para posterior análise, em nova reunião.


da esquerda para a direita:

Eliana Sousa, Armando Herculano, Helena Duarte, Fernando Saldanha




34 comentários:

biZarre disse...

boas, n sei se ja foi referido, ou se já está pensado, mas os tram-train estão pensados para transporte de bicicletas?
por toda a europa há essa preocupação, pois em hora de ponta é impensavel entrar uma bicicleta no metro. agradeço esclarecimento, helena!

Pedro disse...

Quanto à alteração das zonas, não poderia concordar mais. Aquilo foi apenas uma tecnica que o senhor oliveira marques arranjou para tirar dinheiro às pessoas, mais uma entre tantas.

Quanto aos dois expressos e dois normais, discordo profundamente, é preciso que as pessoas largem os carros e passem a usar o metro na cidade da Póvoa e da Vila. E, essa ideia já iria afectar utentes que já estão a usar o metro para andar em Vila do Conde e Póvoa.

Nem para as pessoas da Póvoa há vantagens reais de tempo com os expressos quanto mais para Mindelo e Vilar do pinheiro. Eu quando espero o metro, espero que chegue, nem quero saber se é expresso ou normal. E, agora espera-se muito mais para chegar, só por causa do pseudo-expresso.

3 normais e 2 expressos tudo bem, agora reduzir os normais... NÃO!!!

Anónimo disse...

Helena,

Nas actuais viaturas já é permitido o transporte de velocípedes.

Vê as condições no artigo 11º das "Condições Gerais de Transporte" que podes ler/obter em

http://www.metrodoporto.pt/document/827457/868844.pdf

posso-te adiantar que só podem estar em cada carruagem 4 biclas por veículo (8 se forem dois) e têm de entrar pela porta traseira.

À semana tb só podem ser transportados das 10H às 17h e das 19H às 24H.

Eu acho que este regulamento está pensado para a zona urbana, onde a frequência é elevada, mas não para a linha da Póvoa, pois com frequências de 20 minutos, alguém pode ir de bicicleta -e como tu que farias 4km- e depois chegar e verificar que o Metro já está lotado de bicicletas?

É um aspecto a ter em conta na especificação do futuro 'TRAM-TRAIN' e ainda bem que lembraste.

É também mais um aspecto que confirma a desadequação destas viaturas e em favor da anterior automotora, a qual tinha um amplo vagão para grandes encomendas e bicicletas.

. disse...

Caro Pedro,

Antes de mais o nosso obrigado por animares com a tua opinião este blogue.

Os Expressos na nossa formulação (com uma paragem em Mindelo ou Vilar do Pinheiro), na nossa opinião, não interfere com aqueles utentes que usam o Metro apenas entre Vila do Conde e Póvoa de Varzim, porquanto continuam a poder usá-lo.

Quando muito têm de andar um pouco mais até ao destino, que no caso são menos de 600m até à próxima paragem.

E menos porque a paragem mais afastada da que agora se chama Vila do Conde é S. Brás, mas para ir da Póvoa a S. Brás, é mais rápido ir a pé, do que comprar o bilhete, validar e esperar pelo Metro, além disso faz bem ao colesterol.

Além disso, estes utentes são ocasionais, e em menor volume e por isso sem a carga de cansaço que acarreta as deslocações diárias, de manhã cedo e após o dia de trabalho/estudo. O enorme investimento no Metro tem um grande objectivo, o de retirar viagens longas da estrada, reduzir os acidentes, reduzir o trânsito pendular na cidade do Porto e a poluição correspondente. Há pois que 'construir' um sistema de transporte capaz de ser actrativo para os utentes do automóvel, em rapidez, em comodidade e em tarifário. Todos benefeciamos, desde logo na nossa qualidade de vida.

É verdade que com apenas 1 expresso por hora, ninguém vai esperar 15 minutos por um expresso, se este só demora menos 10minutos. Daí a necessidade de aumentar a oferta de expressos.

Infelizmente quem projectou as linhas do Metro, não asegurou que o canal final da S.ª da Hora à Trindade tivesse linhas suficientes para permitir a convivência de veículos rápidos com lentos, e assim, de Fonte do Cuco para a Trindade, todos são lentos, pois cada rápido fica 'ensanduichado' entre dois lentos.

Devemos ter a pretensão de influenciar os gestores do Metro, no sentido de fecharem a linha amarela do H. S. João para a S.ª da Hora, e assim ser possível realizar expressos da Póvoa à Trindade por S.ª da Hora, H. S. João, Trindade, Gaia.

O que acha da ideia?

armando

Anónimo disse...

Olá,

Sem querer estar a "puxar a brasa para a minha sardinha", gostava de deixar a ideia que o "expresso" em alternativa a Mindelo/Vilar de Pinheiro, seja tambem considerada a hipótese do "Espaço Natureza", nome pomposo para "Zona Industrial :D:D:D. Uso o metro diariamente em hora de ponta desde q a linha foi inaugurada e reparo que o nr de pessoas que usa a estação do "Espaço Natureza" em comparação com Mindelo/Vilar de Pinheiro é muito, muito superior.

Pedro Cirne

. disse...

A que horas se refere?

Usam a paragem Espaço-Natureza para sair ou para entrar?

É que não se vêm carros estacionados; Se entram, só se vierem a pé, ou alguém as leva lá de carro, ou vão de bicicleta.

De qualquer forma, o expresso só pode/deve parar numa paragem por substituição da de Pedras Rubras. Na zona de Mindelo porque funcionará como ponto de confluência de várias paragens/freguesias adjacentes.

Se a paragem Espaço-Natureza for aquela que se verifique ter melhores condições para funcionar como agregadora de várias proveniências com destino ao Porto, pq não usar esta, em vez de Mindelo.

Mas para já são suposições. Só um estudo de mobilidade bem feito poderá confirmar as impressões de cada um.

armando

Pedro disse...

Sempre achei muito necessário uma linha de Metro pela circunvalação. Mas querem na boavista para recuperar a avenida (imagine-se construir uma linha para recuperar uma avenida... é este o país que temos). Quanto ao troço Trindade-Senhora da Hora, os do metro podem ficar felizes por esse erro, que é por esse erro que aquela linha tem metros de 3 em 3 minutos e as pessoas usam mesmo bastante. Eles querem continuar a linha amarela para a Maia. Uma outra opção era ligar a linha Amarela a partir da estação verdes, ou seja, a linha amarela não acabaria na maia mas continuaria até ao Aeroporto. A Póvoa e vila do Conde ficariam com o São João mais perto, e a Maia ficaria com o Aeroporto mais perto. Além de que esse canal poderia ser usado pelo metro.

Quanto ao comentário dos normais e expresos, pelo seu ponto de vista não se justificava o troço Trindade-Pólo Universitario que também faz-se bem a pé. Estou a falar em casos reais de Póvoa-Portas Fronhas, Santa Clara-Portas Fronhas Vila do Conde-Espaço Natureza. Não me diga que fazem bem a pé, porque o metro serve mesmo para isso. E, numa cidade os casos que não são de trabalho até são muitos e bastantes.

No domingo, um dia que não era de trabalho, o metro saiu da Póvoa completamente cheio a meio da tarde, e eu tive que ir a pé e mesmo muita gente ficou de fora à espera de comprar uma viagem com andante azul (aquele de viagens esporadicas). Não acredito que fossem trabalhar. Numa cidade a excepção é a regra. Ou seja, ir apanhar um comboio ou um avião ou até ir ao shopping são ligações importantissimas.

Anónimo disse...

Olá,

Relativamente ao "expresso" e á alternativa de paragem no "espaço natureza", uso (e muitos colegas meus) o metro de manhã (por volta das 09:00) no sentido Sª Hora--->Espaço Natureza e ao fim do dia (por volta das 18:00)para regressar a casa no sentido Espaço Natureza--->Sª Hora.

Ontem e hoje de manhã tive novamente oportunidade de verificar que o nr de pessoas que sai no espaço natureza é de longe superior ao que sai no Mindelo ou Vilar de Pinheiro.

Com diz o Armando da CULP, é necessário escolher a estação que melhor agrega as freguesias em torno da mesma, mas até mesmo por isso acho que a estação do "espaço natureza" é das que tem melhores condições em termos de acessibilidades, parque incluido, para reunir o maior número de pessoas que se dirigem para o Porto e não menos importante, aquelas que vêm do Porto trabalhar na zona industrial (como é o meu caso).

Pedro Cirne

Anónimo disse...

Como também trabalho na zona industrial gostaria de referir que a razão de não haver muitos carros estacionados no parque de estacionamento do espaço natureza está provavelmente relacionada com o facto de a maioria dos utentes desta estação apenas usarem o metro pois a empresa em que trabalham fica mesmo ao lado.Acho que os 1700 funcionários provavelmente justificam a paragem do expresso nesta estação!Sei de muitas pessoas que passariam a usar o metro se isso acontecesse.

MR

Anónimo disse...

Estou plenamente de acordo com o Pedro. Relativamente ao "expresso" esse deveria de ter paragem no "espaço natureza"...Ficavam todos a ganhar...o metro ganhava mais utilizadores e os utilizadores ganhavam tempo!
Já agora um desconto no preço da assinatura mensal era o ideal :o)

Anónimo disse...

Olá

não podia deixar passar esta oportunidade de relembrar ou salientar a oportunidade que seria ter o metro expresso Porto-Povoa a parar na estação Espaço Natureza, quer para os utilizadores quer para a Metro. Para tal bastaria que os comboios que fazer esta linha nos hórario de inicio e fim do horário normal de trabalho (9.00 às 18.00) tivessem uma paragem a mais. Devido ao elevado número de possíveis utilziadores, penso que esta alteração seria proveitosa para todas as partes envolvidas.

Obrigado.

Tiago Candeias

. disse...

O nosso agradecimento mais uma vez a todos e todas que aqui dão a sua opinião, ajudando-nos a ter uma ideia do que pensam os utentes.

A opinião dos utentes é fundamental para que se possa agir de acordo com as suas necessidades.

Sobre a paragem Espaço-Natureza, é necessário ter em conta que esta não tem ainda acesso a Mindelo (à estrada-velha) e por isso não é ainda alternativa para os Mindelenses. A passagem inferior não tem continuidade para a 'estrada velha' (antiga N13), e é essa a razão do aparecimento de protestos e de 'Fantasmas' nesta paragem.

A Infineon deu aos seus trabalhadores bilhetes Z2 para estes experimentarem o Metro, mas não creio que esta paragem se justifique com os trabalhadores da Infineon. Estes trabalham -ou estão em vias disso- em turnos de 12h, e assim apenas na mudança de turno, uma vez ao dia, poderia justificar a paragem do expresso. Mas como este tem uma frequência de 1 por hora (2 se a nossa proposta for avante), e a menos que a mudança de turno se ajuste com o expresso, não nos parece que a afluência dos trabalhadores da Infineon contribua significativamente para o fluxo desta paragem.

Em qualquer dos casos e porque esta situação só se verificaria uma vez ao dia, se não se justificar pelos utentes de Mindelo, Árvore e de Fajozes, não se justificará pelos trabalhadores da Infineon (exceptuando a mudança de turno).



Esta paragem está mal situada em relação à Zona Industrial, está demasiado afastada do seu centro geométrico e assim tem pouca actratividade para os trabalhadores da ZI. Nós fizemos três propostas alternativas em sede de discussão do Estudo de Impacto Ambiental, as quais não foram consideradas, todas passavam pelo coração da ZI e faziam o atravesamento da N13 mais a sul, indo ao encontro da estação da CP em Mindelo.

De resto o parque de viaturas cheio da Infineon confirma isso mesmo. Mas o tempo dirá e o que é prudente é não ter verdades absolutas e actuarmos de acordo com o que se revelar adequado.

armando

Anónimo disse...

Trabalho na Infineon e tenho verificado que todos os dias aumenta o nº de pessoas que usam o Metro. Mas se a vossa proposta ridícula de passar de 1 para 2 expressos à custa da redução do serviço normal for em frente, o nº de potenciais utilizadores vai diminuir, porque pessoas como eu não vão estar à espera 30 minutos por um novo metro (de volta ao velho tempo do comboio que voçês tanto adoravam!)

. disse...

Não é possível agradar a todos, e é preciso saber do que estamos a tratar, pois há de facto interesses diferentes que podem por isso ter um tratamento diferente, e até ser antagónicos.

Se os utentes da Infineon, fazem, por exemplo, viagens curtas de Vila do Conde para Mindelo, e querem viaturas normais para poderem usar o metro para o trabalho, e se no outro prato da balança estão outros utentes que vão de Vila do Conde e Póvoa para o Porto, e querem expressos, podemos ter um problema de incompatibilidade (ou não).

Não, se por exemplo os expressos --ridículos-- que propomos pararem em "Espaço-Natureza", e se esse for também do interesse dos utentes de Mindelo. Todos ficarão alegres e contentes.

Sim, se as pargens do expresso não forem na paragem "Espaço-Natureza". Aí temos de concensualizar e em democracia há regras para o fazer: Por que não uma assembleia ou apenas um referendo local? Mas pode-se nem sequer chegar aí.

Todos entenderão (acho eu) que retirar 10 minutos que seja, a quem faz diariamente uma viagem de 55 minutos ou mais, é diferente e mais útil socialmente que retirar os mesmos 10 minutos (tempo de espera) a quem faz uma viagem diária de 10 a 15 minutos. Além de que o que se evita, por exemplo, em carros na estrada, consumo de combustível, CO2 emitido, e suas consequências como a importação de combustíveis, buraco do ozono, .... é incomparavelmente mais útil ao país, e proporciona maior acréscimo de qualidade de vida; é por isso que o país fez este vultoso investimento.

É claro que o número de utentes beneficiado também conta, pois senão os benefícios são apenas 'virtuais' mas como estamos a falar sem números à frente, e sem saber a proveniência dos utentes da paragem "espaço-natureza", quaisquer afirmações são apenas especulações.

Já agora, porque não ajustar os horários da Infineon aos do metro, por exemplo aos normais? Os trabalhadores da Infineon que até foram capazes de mudar de 3 para 2 turnos, também poderão ajustar a mudança de turno 15 ou 20 minutos mais tarde ou cedo. É fácil, é barato, e não implica com mais ninguém, isto é, evita-se incompatibilidade com outros utentes e o Metro serve todos e todas.

armando

Anónimo disse...

Cara CLUP,
Admito que o tempo de viagem para a Póvoa é demasiado, mas não queiram ficar benificiados à custa dos que moram e trabalham junto das estações que não são servidas pelos expressos. Ou seja, existem 4 composições por hora,mas só 3 me servem (serviço normal), e vocês propoem passar para 2 por hora! (30 em 30 minutos como nos bons velhos tempos,para vocês, do comboio).

Existem muitos funcionários da Infineon com horário das 9:00 às 18:00. A saída de muitos destes nunca é às 18, existe sempre tarefas que implicam fica até mais tarde. Se passar a existir metro de 30 em 30 minutos voltarei a andar de carro, porque não vou ficar refém de uma frequência de passagem tão baixa.

Pedro disse...

Eu já acima falei de outros casos não só Infinion e Varziela, mas na Póvoa e na Vila, mas a CULP cisma!

Agora Vitor não deves dizer vocês, utentes da Póvoa. Eu sou da Póvoa e vou para o Porto e estou contra retirar um normal para por um expresso, porque sei de muitos casos como o teu e as vezes tb me dá jeito.

Para ir para o porto nem tenho usado expressos, a diferença dos dois serviços é minima e a frequencia é fraca.

Anónimo disse...

Mas quando sai um expresso não sai logo um normal a seguir? As estações não abrangidas por expressos têm na mesma metro de 20 em 20 minutos (4 composições por hora), não é?

Pedro disse...

não. há tres metros por hora para todas as estações: 20 em 20 minutos. se contar 20+20+20 é igual a 60=1 hora.

Depois há um expresso 3 minutos antes de um normal. Aos 57 minutos de cada hora.

. disse...

O Pedro não responde de onde vem, ou se quiser quanto tempo demora a viagem dele.

Também não diz quanto é 'muitos' na sua avaliação.

Só assim poderemos discutir em concreto, para sabermos do que estamos a falar, e qual o peso que cada situação tem, e quais são os interesses em causa se são equivalentes, no caso de não se poder conciliar todos, ou não sendo, quais os que acolhemos por serem mais relevantes socialmente.

A vida é feita de escolhas e há valores e direitos inalienáveis, e outros que são relativos.

E o Pedro não responde pq deve ter as suas razões... ou foi pq se esqueceu.

Nesse caso vai responder e a nossa conversa pode continuar na procura de consensos.

armando

Anónimo disse...

Vitor, qual é a consequência de admitir que o tempo de viagem entre a Póvoa e o Porto é demasiado?

Anónimo disse...

A consequência? Não sei. Só peço à auto-proclamada comissão de utentes da linha da póvoa (dos utentes que moram em Vila do Conde ou na Póvoa de Varzim e trabalham no Porto) que não tentem melhorar as vossas condições (tempo) de viagem à custa da degradação do serviço para todas as outras estações. Porque não pediram o aumento de 1 para 2 expressos sem reduzir o servico normal? É porque a linha do aeroporto vai complicar as coisa não é? De resto apoio as outras propostas. Composições mais rápidas,...

Anónimo disse...

Só quero lembrar à comissão dos utentes da linha da Póvoa, que a dita linha não foi criada para servir apenas a Póvoa e V.Conde, mas também todas as povoações que se encontram entre a Póvoa e o Porto, que não são poucas.
É legitimo que a comissão queira melhorar as condições existentes, mas NUNCA o devem fazer em prejuízo dos outros.
No serviço normal, circula um metro em cada 20 minutos, o que já é uma frequência pior do que qualquer outra linha do metro, se diminuirem o nr de serviços/hora, o metro deixa de ser uma alternativa ao carro.

Anónimo disse...

Bom Dia,

Antes de mais há nesta discussão 2 Pedros, eu sou o Pedro Cirne e o meu primeiro comentário foi a sugestão da estação do "Espaço Natureza" para paragem do "expresso" em vez de Mindelo/Vilar do Pinheiro.

Acho que ainda não referi, mas tambem trabalho na Infineon.

Vi referido a questão dos turnos na Infineon serem de 12 horas, o que está parcialmente correcto, quem trabalha na área da produção tem esses turnos, mas temos tambem as áreas administrativas, que têm um outro turno (9:00-18:00), desfasado do turno da produção, no qual eu me incluo. Mas esta questão dos turnos parece-me ser pouco relevante para a decisão de parar ou não o "expresso" no "espaço natureza", se generalisassemos o raciocinio como a maioria do país tem um unico "turno" (9:00-18:00) só teriamos "expressos" a essa hora.

Apesar da grande relevancia que a Infineon tem na Zona Industrial e no numero de utentes/potenciais utentes do metro, acho que o grande argumento para o "expresso" parar no "espaço natureza" é o facto de a estação estar bem localizada para funcionar como agregador das freguesias aqui á volta, tem uma zona industrial associada, tem um bom parque, bons acessos, evitando que os utentes do metro que se desloquem para as estações de carro, tenham que atravessar o "labirinto" que é chegar á estação do Mindelo, com uma passagem de nivél pelo caminho.

Acho o trabalho da CULP louvável a todos os nivés, mas gostava de fazer uma critica, acho que muitos dos vossos raciocinios são muito Póvoa de Varzim "centric", o que até é compreensivel, mas os utentes da linha da Póvoa, não são só os habitantes da Póvoa :-) portanto não se esqueçam dos outros .-)

Pedro Cirne

Pedro disse...

Póvoa de Varzim-centric?! Acho que a CULP não é nada Póvoa de Varzim centric. Pelo contrário, coloca a Póvoa ao nível de aldeias, quando sugeriu a paragem em mais um sitio, o que é inaceitável. Agora corrigiu sugerindo uma paragem alternada. E, a meu ver, continua a exagerar na importancia desses locais e dos beneficios que esses locais teriam com expressos. Logo não os podem acusar de serem Póvoa de Varzim-centric, já que os vejo a lutar e até exageradamente pelas freguesias de Vila do Conde. Se calhar, a CULP não estava preparada para novos utentes e novas procuras, daí que resolveu ter a ideia de sacrificar um normal. O que tb acho errado, deveria existir mais um normal, por hora ou em alternativa mais um expresso.

A linha vermelha existe para a área urbana composta pela Póvoa e Vila do Conde, as aldeias ficaram com metro por ficarem a meio do caminho, e é por isso que a linha vermelha não é competitiva com os automóveis. Ou seja, a linha pode estar condenada ao fracasso. Fez-se estações a mais na linha vermelha, três delas, pelo menos, deveriam desaparecer, não se justificam, nem tem procura e aborrece os utentes no metro, "toda" a gente se queixa das estações a mais.

Justificava-se que Arvore e Azurara tivessem duas estações? Justificava-se duas estações em Modivas? Justificava-se a estação de Esposade? As aldeias sairam muito beneficiadas do mau planeamento do metro que julgou que as aldeias funcionariam como numa cidade, em que estações de 1km em 1km funcionam de forma fantastica, e que prejudicou os utentes que mais longe se situam, e que por acaso são a área mais importante que a linha deveria servir. Isso de uma estação por km volta a funcionar, na perfeição, na cidade de Vila do Conde. Estranho, né... E, sairam as aldeias beneficiadas? não, ninguém ou quase ninguém usa o serviço. Sairam apenas os utentes prejudicados, de tal forma que o expresso e os tram-trains tornaram-se essenciais, para juntar esta zona ao Porto e ajudar a dinamizar a área metropolitana.

Quanto às estações da Zona Industrial, do meu ponto de vista estão bem. Basta arranjarem os acessos da estação da varziela.

Quanto à verificação da importancia das estações de origem, a unica entidade que pode ver isso é o metro através das validações feitas em cada estação. Será que o Metro tem dados para saber o numero de validações em cada estação da Linha Vermelha até à Fonte do Cuco?

Era bom que a empresa libertasse esses dados.

Segundo dados do Metro a linha vermelha é procurada por agregados familiares de quatro pessoas, o que é peculiar, isto deve-se ao facto de a Póvoa e até a Vila não serem dormitórios do Porto, mas terem bastante população e serem zonas atractivas para os residentes do Porto e vice-versa.

Carlos Manta Oliveira disse...

Já há novidades quanto aos "tram-train"? A semana que estaria a acabar... já acabou assim como a seguinte...

Parabéns pelos vossos esforços.

Carlos

. disse...

Registamos que o Vitor, não sabe tirar consequências. Eu acho que não quer, porque só assim se permite dizer que o seu transporte é mais importante que o dos outros. Para o Vitor não há paciência...

E já agora Vitor, quer justificar a sua afirmação que a CULP é auto-proclamada?

O nosso esforço é compatibilizar o máximo de necessidades de mobilidade, dados os erros que já foram cometidos, alguns de difícil reversão, temos de remendar o que ainda é possível e conhecer as necessidades e problemas ajuda. Este blogue pode ser parte de um processo, e não é por acaso que a Empresa do metro vem cá dar uma vista de olhos, e faz bem.

O que é relevante para a tomada de decisões são estudos de mobilidade, mas estudos que auscultem uma amostra representativa das necessidades reais de mobilidade, e não apenas aqueles que andam de metro, porque esse são os satisfeitos, aqueles para quem o metro responde bem às suas necessidades de mobilidade ou os que não responde mas não têm alternativa.

Um estudo representativo deveria, por exemplo, fazer parar os carros na ponte de Leça e perguntar de onde vêm, para onde vão e porque vão de carro.

Um sistema para melhorar tem de ouvir os descontentes e as suas razões, para adequar a oferta de viagens às necessidades, alargando o número de utentes satisfeitos. É isso que nós, CULP, pretendemos que venha acontecer.

Temos esperança de virmos a conhecer exactamente quais são as necessidades de mobilidade dos trabalhadores da Infineon, só depois vale a pena conversarmos.

Sobre a questão das inúmeras paragens, não só não fomos nós que as solicitamos, como combatemo-las. A substituição do METRO pelo COMBOIO é um erro. Os concelhos de Vila do Conde e Póvoa de Varzim não têm densidade populacional para terem um transporte de elevada frequência e paragens frequentes. Mesmo a cidade do Porto não justifica METRO tal e qual as grandes cidades europeias, por isso é que lhe chamam de Metro Ligeiro e as viaturas são eléctricos rápidos de apenas duas viaturas e à superfície. Mesmo assim veremos se tem viabilidade económica. Mas é claro, que alguns gostam de ter metro à porta...

Alguma coisa está mal quando no concelho de Vila do Conde há 13 paragens e está pedida mais uma para a Nassica (Modivas Norte) o que daria 14, o mesmo número que da S.ª da Hora ao estádio do Dragão, na zona de maior densidade de toda a rede.

A questão do tarifário tem peso precisamente nas famílias que se deslocam entre os extremos da linha.

Quanto aos TRAM-TRAIN, da última vez o Eng.º Mário Almeida falou de que já estava adjudicado, que tudo ficava preto no branco na semana a seguir à inauguração e que na opinião dele só daqui a 2 anos e 2 meses... ele é administrador do Metro.

No dia da inauguração o Ministro disse que ainda estava a estudar....

Pedro disse...

Quando abrir a linha do Aeroporto o assunto fica resolvido, deixa de parar em Pedras Rubras e passa a parar em Verdes.

Anónimo disse...

Foi dito que "... porque só assim se permite dizer que o seu (Vítor) transporte é mais importante que o dos outros". Mas isso é algum crime, querer o melhor para si e para os seus? Se um membro da CULP dissesse o mesmo eu não o acusava. Agora, através de uma comissão que pretende representar todos os utentes da linha da vermelha, propor a redução da frequência do serviço normal e só depois dizer que se deve fazer um estudo com base nas validações, acho um bocado irresponsável.
"Para o Vitor não há paciência...". Pois é. Alguns se perderem o serviço expresso, apanham o serviço normal logo a seguir, que demora mais 10 minutos de viagem até ao final. Se o Vítor perder o serviço normal irá esperar 30 minutos pelo próximo. Quem é que não tem "paciência"?

. disse...

O amigo vitor não percebeu e parece que não perceberá nunca, 'cego' que está a defender o seu, e apenas o seu, umbigo.

Uma comissão é um órgão colectivo para a defesa de interesses colectivos, num transporte colectivo, pago pela colectividade para servir a colectividade.

O amigo vitor pode escolher o melhor transporte individual que quiser, para si e para os seus, e mesmo nesse caso tem restrições, desde logo do código da estrada, a menos que queira circular na sua propriedade particular, aí nem necessita de autorização nem de carta.

A CULP pretende compatibilizar o máximo de interesses particulares para que o serviço colectivo sirva o máximo de utentes. Para isso era fundamental que o vitor nos dissesse quantos o acompanham na ex-Infineon, agora "Quimonda", e em que horário, mas parece que 'muitos' na sua contagem são: ele próprio.
Para já o que sabemos, é que o parque de estacionamento da "Quimonda" está cheio, que cada turno tem 200 trabalhadores.
Sabemos que segurança da paragem cheio de tédio afirma que só lá saem uma dezena pelas 17:30h.
Desminta quem tiver melhores dados, e fazem-nos um grande serviço.

Para o Porto, sabemos que se deslocam cerca de 50% dos utentes.

A CULP não poderia nunca querer apenas o melhor para si, pois nesse caso existiriam centenas ou milhares de CULP's, uma por cada interese.

O vitor já percebemos, faria uma 'auto-proclamada' CULP para si e outra para a sua família.


armando

Anónimo disse...

Bom dia,

Como referi em comentários anteriores, tenho vindo diáriamente de metro para a Infineon/Qimonda e é notório que o nr de utentes tem vindo a aumentar de dia para dia. No metro que uso pela manhã no sentido sª da hora---> espaço natureza hoje sairam 24 pessoas (ás 9 menos qq coisa). O mesmo se passa ao fim do dia, no regresso ao Porto, ontem eramos 32 na estação do "espaço natureza" por volta das 18:15.
O Metro do Porto certamente que terá informação mais fiável sobre o número de utentes desta estação, mas é inquestionável que esse número tem vindo a aumentar e aumentaria se o expresso tivesse paragem no "espaço natureza". É sem dúvida uma alternativa a considerar.

Pedro Cirne

. disse...

Bom dia Pedro,

Mas é dessa informação que se necessita e que é útil. A EMP tem-na mas não a divulga para poder tomar as suas decisões sem elas possam ser contestadas, o que numa empresa pública é pouco ou nada compreensível.

É por essa razão que as Comissões de Utentes estão a reivindicar estar representadas nas Autoridades Metropolitanas de Transportes, entidade que brevemente vai ter a tarefa de reorganizar e superintender os transportes nas áreas metropolitanas.

Os expressos (mais rápidos)e o seu sucesso e alargamento em número, depende também do número de utentes que o possam utilizar.

Quando e se a passagem inferior da paragem Espaço-Natureza estiver aberta, talvez se possa deslocar a paragem em Mindelo para a Espaço-Natureza, se não em todas as viagens, pelo menos naquelas que sirvam os horários da QUIMONDA.

E todos(as) estaremos felizes e contentes... porque mais utentes serão servidos por um transporte rápido que é o que pretendemos para TODOS(AS) e a nossa luta tem sempre sido a de que o Metro não regrida nas condições de transporte que tínhamos anteriormente nas automotoras, quer em termos de rapidez quer de conforto.

Ganhamos nós e o paós que somos nós também.

armando

Anónimo disse...

Bom dia,

Hoje no "espaço natureza" batemos o record, contei 49 utentes que sairam nesta estação. No mindelo o movimento de entradas+saidas não chegou á meia-duzia....

Pedro Cirne

Anónimo disse...

Bom dia,

Hoje o nr de passageiros que saiu por volta das 09:00 no espaço natureza voltou a bater records, contei 61 passageiros.

Quantos não seriam se o "Expresso" tivesse paragem aqui?

Outra coisa que se verifica é que há já alguns grupos organizados que vêm a esta hora e têm carrinhas á espera cá no parque que depois os transportam para as redondezas.

Pedro Cirne

Unknown disse...

Concordo plenamente com as duras críticas que aqui foram expostas.
Lamento que em Rio Tinto, zona onde eu moro, não seja defendida a nossa causa, onde por duas paragens de autocarro, pagamos uma zona (c8), que vai até à camâra de Gondomar, ora, quem mora em Rio Tinto, porque é que tem de pagar uma zona que não usufrui?
Os meus parabéns à(s) pessoa(s), que tiveram esta iniciativa.